A cidade

Cipotânea situa-se na região da Zona da Mata e na Microrregião de Viçosa. Faz divisa com os seguintes municípios: Senhora de Oliveira, Rio Espera, Alto Rio Doce e Brás Pires. O município dista da capital Belo Horizonte 239 km e as principais rodovias que servem ao município são a BR-040, BR-265 e MG-132.

Sua área é de 153,61 km², tem como coordenadas geográficas 20º 54’ 19” de latitude Sul e 43º 21’ 56” de longitude Oeste. Tem atitude máxima de 950m na Serra de São Bento e altitude mínima de 663m no rio Xopotó.

O clima é tropical, apresentando temperatura anual média de 19,4º C, média mínima de 14,8ºC e máxima de 26,4ºC. O índice pluviométrico médio anual é de 1221,4 mm.

Possuía, em 2000 uma população de 6.345 habitantes sendo 2.416 na área urbana e 3.929 na área rural[1]. A maior parte da população encontra-se nas comunidades Rurais, cerca de 65%. O município possui apenas o distrito sede. As principais localidades são: Rola, Prata, Nunes, Montanha, Boa Vista, Xopotó, Dete, Costa ou Brejaúba, Caatinga, Córrego dos Farias, Sertão e Paciência.

A população rural vem diminuindo de maneira lenta no decorrer dos anos, indicando a continuidade do êxodo rural para a sede do município, conforme exemplificado na tabela abaixo:

O município possui onze escolas:

M. Padre Alfredo Alves Fernandes – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Brejaúba – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. de Rola – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. José Inácio de Carvalho – rural – fases iniciais do ensino médio
M. de Nunes – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Boa Vista – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Professor Leandro Werneck – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Cônego José Pinto Carneiro – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Padre Argemiro Benigno de Carvalho – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Pituchinha – pré-escolar
E. José Dias Pedrosa – urbana – ensino fundamental e ensino médio
O principal rio que corta Cipotânea é o rio Xopotó, afluente do rio Doce, e pertencente à Bacia do Rio Doce. Seus principais afluentes são o rio Espera e o rio Brejaúba.

A única exploração mineral importante no município atualmente é a extração de areia do Rio Xopotó, o que ocasiona problemas ambientais como o assoreamento dos corpos de águas, ausência de proteção de nascentes, etc. A principal atividade econômica do município está ligada a agropecuária e ao artesanato.

Na agricultura, os cultivos que mais se destacam são a batata-inglesa, o milho (sendo o maior produtor da região), o café, a cana-de-açúcar, a laranja, a banana, o feijão e o arroz. Na pecuária a criação de galináceos e a produção de leite são predominantes.

Histórico:
O Surgimento do Distrito

A origem da cidade de Cipotânea remonta ao ano de 1711, quando naquelas terras chegaram os portugueses Francisco Soares Maciel, Manoel de Medeiros Duarte, Tomaz José da Cunha, Fernando Soares Maciel e Narciso Soares Maciel. O grupo era chefiado pelo alferes Francisco Soares Maciel que, por isso é considerado como o fundador do arraial.

Procedentes do arraial de Lamim desceram pelo rio Espera até a confluência dele com o rio Xopotó. Era o dia 07 de agosto de 1711, não podendo atravessar o dito rio por causa do seu grande volume, ali permaneceram, lançando as bases de um arraial, ao qual deram o nome de São Caetano (em homenagem ao santo do dia), acrescido do topônimo Xopotó – que em tupi-guarani quer dizer “rio do cipó amarelo”, uma planta trepadeira encontrada em abundância na região.

Dessa maneira, aquele lugar foi batizado com o nome de São Caetano do Xopotó, tendo celebrado a primeira missa o capelão da comitiva, Padre João Martins Cabrita.

Os Indios croatás e puris, de origem tupi, espalhavam-se por toda a região antes da colonização e habitavam o local onde hoje existem os municípios de Alto Rio Doce e Cipotânea. Essas tribos foram praticamente exterminadas da região pelos colonizadores bandeirantes, visto que os indígenas defendiam bravamente suas terras, impossibilitando a fixação dos colonizadores.

Em 1755, Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro Bispo de Mariana, a pedido dos moradores, dava a provisão para a construção da Capela de São Caetano e provê-la de Patrimônio.

A 06 de julho de 1857, a localidade foi elevada a categoria de Paróquia e em 09 de julho do mesmo ano foi elevada a categoria de Freguesia e Distrito, pela Lei Provincial nº 822. Ficando subordinado ao município de Piranga.

O Decreto-Lei Estadual nº 26, de 07-03-1890, transfere o distrito de São Caetano de Xopotó do município de Piranga para o novo município de Alto Rio Doce.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de São Caetano de Xopotó passou a denominar-se Cipotânea. Embora sem justificativa oficial, o topônimo Cipotânea deve ter se originado do nome do rio Xopotó, cujo significado no idioma tupi-guarani é “rio do cipó amarelo”.

Emancipação Político-Administrativa

Em 1948, um grupo de pessoas do distrito de Cipotânea, liderados por José Inácio de Carvalho, enviou ao Deputado Manoel Taveira um pedido de emancipação do dito distrito, que na época pertencia ao município de Alto Rio Doce. Tendo o deputado apresentado à Assembléia Legislativa um relatório em favor da emancipação de Cipotânea.

Apesar de todo o esforço desenvolvido em 1948, só em 12 de dezembro de 1953, através da Lei nº 1039, o distrito conseguiu elevar-se à categoria de município.

O novo município foi instalado em 01 de janeiro de 1954, com a posse do Interventor Municipal, o Sr. Raimundo Tibúrcio Henriques.

Nossa cidade já pertenceu a várias Comarcas: Piracicava, Rio Pomba, Ouro Preto, Muriahé, Mariana, Piranga e atualmente pertence à Comarca de Alto Rio Doce.

Evolução Política

Desde a emancipação estes foram os prefeitos de Cipotânea:

Raimundo Tibúrcio Henriques: 01-01-1954 a 31-01-1955 (Intendente Municipal)
Farmacêutico José Inácio de Carvalho: 1º prefeito eleito de Cipotânea em 03 de outubro de 1954, porém não chegou a tomar posse tem falecido a 16 de janeiro de 1955.
José Arantes Moreira: vice-prefeito, também não exerceu o mandato.
Levindo Moreira das Neves: 31-01-1955 a 01-02-1959
José Dias Pedrosa: 01-02-1959 a 07-02-1963
Luiz Carlos de Carvalho: 07-02-1963 a 1966
José Teotônio Guimarães: 1966 a 31-01-1967
José Dias Pedrosa: 31-01-1967 a 1968
Geraldo Estevão Pereira: 1968 a 01-02-1971
Antônio Jerônimo Dias: 01-02-1971 a 1972
Divino Gomes Pereira: 1972 a 31-01-1973
Jonathas Pedrosa: 31-01-1973 a 31-01-1977
Antônio Jerônimo Dias: 31-01-1977 a 01-02-1983
Jonathas Pedrosa: 01-02-1983 a 1987
Almicar Teixeira Guimarães: 1987 a 01-01-1989
Antônio Jerônimo Dias: 01-01-1989 a 01-01-1993
Waldomiro Moreira e Silva: 01-01-1993 a 01-01-1997
João Reginaldo de Souza (PMDB): 01-01-1997 a 01-01-2001
Ely Pereira (PTB): 01-01-2001 a 01-01-2005
João Reginaldo de Souza (PSDB): 01-01-2005 a 01-01-2009
Luiz Moreira Pedrosa (PTB): desde 01-01-2009
OBS. Em 1954, foi nomeado um Interventor Municipal, que administrou a cidade até a posse do primeiro prefeito eleito. De 1955 a 1971 os mandatos foram de quatro anos [constituição de 1946]. De 1971 a 1988, período da Ditadura Militar no Brasil, três situações se apresentam de: 1971 a 1973 um mandato “tampão” de dois anos; de 1973 a 1977, um mandato de quatro anos; de 1977 a 1988, mandatos de seis anos. Com a Constituição de 1988 os mandatos dos prefeitos voltam a ser de quatro anos, com direito a uma reeleição a partir de 1997.

Religiosidade

Os bandeirantes chegaram nas terras que hoje compreendem o município de Cipotânea em 1711, já nos primeiros dias do nascimento da povoação se é celebrada a primeira missa pelo Padre João Martins Cabrita.

Em 1755, Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro Bispo de Mariana, a pedido dos moradores, dava a provisão para a construção da Capela de São Caetano e provê-la de Patrimônio. A dita capela foi benzida a 19 de março de 1856 pelo Padre João Martins Cabrita.

A 06 de julho de 1857, a localidade foi elevada a categoria de Paróquia, tendo sido desmembrada da Paróquia de São José do Xopotó (atual Alto Rio Doce).

Entrou a nova Matriz no gozo de seus direitos, em 24 de outubro de 1858, com a tomada de posse do 1º Vigário o Rev.mo. Padre José Joaquim de Melo Alvim, provisionado pelo Rev.mo. Dom Antônio José Ferreira Viçoso, C.M. (Bispo da Diocese de Mariana), e empossado pelo Rev.mo. Padre Agostinho Resende d’Ascensão (pároco de Alto Rio Doce) que havia cuidado desta Paróquia desde a sua criação em 06 de julho de 1857.

Na década de 1950, o 15º Vigário desta Freguesia Padre Argemiro Benigno de Carvalho, inicia a construção de uma nova Igreja Matriz.

Párocos da Paróquia de São Caetano

Exerceram seu múnus pastoral nesta localidade os reverendíssimos sacerdotes:

Padre José Joaquim de Melo Alvim: 24-10-1858 a 1862
Padre Fernando Augusto de Melo: 09-1862 a 08-1863
Padre Joaquim Lourenço Dias: 08-1863 a 11-1863
Padre José Vieira de Sousa Barros: 11-1863 a 02-1868
Padre Joaquim da Rocha Fiúza: 02-1868 a 01-1871
Padre Francisco Rodrigues Condé: 01-1871 a 1873
Padre Luís Carlos da Rocha: 1873 a 1880
Padre Bernardo José Pires: 1880 a 1888
Padre Antônio Ildefonso da Silva: 1888 a 1889
Padre Pedro Ferreira Pedrosa: 1889 a 1916
Padre Alfredo Alves Fernandes: 1916 a 1929
Padre José Pinto Carneiro: 1929 a 1936
Padre Guilhermino Pereira: 1936 a 1939
Padre José Geraldo das Mercês: 1939 a 1952
Padre Argemiro Benigno de Carvalho: 24-02-1952 a 02-02-1970
Padre Rogério Venâncio Resende: desde 17-04-1970
Evolução Econômica

Predominam as seguintes atividades econômicas: agricultura, pecuária e indústria manufatureira.

A agricultura sempre esteve presente no município desde sua fundação.

Atualmente, a economia da zona urbana é bem diversificada, encontramos hotéis, comércios, bares e serviços em geral. Os principais são: Hotel Xopotó, Hotel Cipotânea, Pensão Doladinho, Casa Silviania, Loja da Cleusa, Loja do Jésus, Loja do Titu, Loja do Valdeci, Comercial Center, Supermercado Bom Preço, Restaurante da Iaiá, Restaurante do Paulinho, Bar São Caetano, Lanchonete do Cachorrão, Bar do Zezinho do Nilo, Móveis Arlindo, Bar do Tocas, Posto Cipotânea, Posto Cajurú, Lan House do Romildo, entre outros.

Já na zona rural predomina a agropecuária. A maioria das propriedades é pequena, onde a produção é de subsistência (milho, feijão, arroz, suínos e bovinos), quando a sobra da produção essa é vendida para os grandes fazendeiros ou comércios. É também nessas pequenas propriedades que encontramos alguns alambiques para a fabricação de cachaça.

Nas grandes propriedades predomina a produção de gado (leiteiro e de corte) e café. Destacam-se os seguintes produtores: José Bonifácio Gomes (Comunidade de Paciência), Vicente de Paula da Silveira (Comunidade de Carangola), Tiago Rodrigues da Silveira (Comunidade de Carangola), João Bosco Dias (Comunidade de Novaes) e Benedito Barnabé Alves (Comunidade de Novaes).

A indústria manufatureira tem seu principal destaque no artesanato. Como grande produtora de milho, aproveita a palha para diversos produtos artesanais como bonecas, tapetes, cestas e outros artigos que são exportados para Europa e Canadá. Hoje a cidade conta com mais de 30 famílias de artesãos cadastrados na Associação dos Agricultores e Familiares de Cipotânea. Mas ao todo, estima-se que o município conta com mais de 1500 famílias de artesãos.

Evolução Urbana e de Serviço

A Praça Nair Bernardes Barbosa é o logradouro mais antigo de Cipotânea. As ruas mais antigas da cidade são calçadas com paralelepípedos, as ruas mais novas são pavimentadas com bloquetes hexagonais.

A primeira construção de que se tem notícia em Cipotânea foi a da capela dedicada a São Caetano do Xopotó, construída 1755, que na década de 1950, deu lugar a um novo templo. Atualmente as construções mais antigas são a Casa do Rui, a Casa dos Bispos e a sede da Fazenda do Dedé Vicente.

A margem esquerda do Rio Xopotó foi onde se iniciou o povoado, quando da chegada dos bandeirantes. Existem duas praças bem arborizadas. As sedes dos poderes legislativo, judiciário, executivo e inclusive da Igreja Católica, sempre estiveram nessa margem do rio.

A margem direita começou a ser povoada por volta de 1902, com a construção da Ponte de Ferro sobre o rio. Não conta com praças.

Cipotânea viveu anos seguidos às escuras, até que em 1932 foi construída uma Usina Hidrelétrica na fazenda onde residia o Sr. José Eduardo Pereira, o Juca Arantes. A Usina ficava distante vários quilômetros da sede do distrito, pois o Ribeirão do Gambá, ali existente, tinha as condições de volume e queda necessárias ao bom funcionamento das máquinas. Essa distância entre a usina e a sede, dificultava a assistência de que a hidrelétrica necessitava constantemente. Com freqüência a água do ribeirão era desviada por mãos humanas ou por efeito das fortes chuvas, e com isso a localidade ficava às escuras. Por isso, a usina acabou sendo vendida ao Sr. Arlindo Pereira Costa, que vendeu o maquinário e com o dinheiro construiu uma outra usina dentro do perímetro urbano, abaixo da Ponte dos Moinhos, sobre o rio Espera. A luz resultante dessa usina era excessivamente fraca, ao contrário da primeira usina. Outro problema era que na época das cheias, as águas do rio Espera, atingiam a casa das máquinas, e com isso a geração de luz era cortada. Por isso, começou-se um movimento na década de 1950, liderado pelo Padre Argemiro Benigno de Carvalho, para que as Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG) passassem a fornecer energia elétrica à localidade, o que se conseguiu em curto espaço de tempo.

A Telemig foi implantada em 1975, na gestão do Sr. Jonathas Pedrosa, quando houve grande festa para a inauguração do primeiro posto telefônico da cidade.

O Abastecimento de água em Cipotânea por muitos anos foi feito de forma precária. A água corria ao longo de sucos feitos no chão, mantidos a descoberto, sem oferecer, portanto, as condições mínimas de higiene. Existiam três mananciais que abasteciam a localidade: um no terreno do Sr. José Sebastião de Freitas, outro em terras do Professor Leandro Gomes da Silva Werneck, e um pequenino manancial que abastecia a população de Logradouro. Na gestão do Sr. Levindo Moreira das Neves, na década de 1960, foi iniciado um serviço de abastecimento para toda a cidade, sendo a água retirada da propriedade do Sr. Antônio Mártir de Oliveira, no Fundão. Com esse serviço o abastecimento de água passou a ser mais abundante e compatível com o número de moradores da cidade, porém a água era levada as residências sem tratamento. O sistema de tratamento e abastecimento de água de Cipotânea começou a ser operado pela COPASA em julho de 2005. A água distribuída à população é captada no Rio Brejaúba e é tratada em uma estação do tipo convencional.

Atualmente a cidade conta com 98% de abastecimento de água e 70% das casas ligadas ao sistema de esgoto. Não há tratamento de esgoto. O lixo da cidade é recolhido pela Prefeitura e depositado em um aterro, já o lixo hospitalar é levado pela empresa Inseco para Conselheiro Lafaiete onde é incinerado.

Saúde

O distrito, cuja sede era humilde e sem um mínimo indispensável de conforto, não estimulava, por isso, a permanência ali de um médico. Por essa razão por muitos anos a localidade esteve privada de uma assistência constante, no setor da saúde, de um profissional habilitado na área da medicina. Mas sempre houve quem, mesmo ser a formação necessária, prestasse esse serviço dando aos enfermos o socorro necessário.

O único hospital de Cipotânea é o Hospital São Caetano construído na década de 1950, pelo Padre Argemiro Benigno de Carvalho, junto com a comunidade. O Hospital é filantrópico, porém é conveniado com a Prefeitura de Cipotânea.

Em 07 de agosto de 1955, na gestão do Prefeito Sr. Levindo Moreira das Neves foi inaugurado seu primeiro posto de saúde na zona urbana, tendo recebido a denominação de Posto de Saúde “José Inácio de Carvalho”.

Transporte e Comunicação

Antigamente a comunicação de Cipotânea com seus vizinhos era feita através de cartas carregadas por mensageiros, os primeiro telefones chegaram antes da emancipação do município em 1953. Tinha um telefone publico era uma cabana dentro de um bar, onde as pessoas chegavam para ligar e o proprietário do bar discava os números e logo em seguida passa o telefone para a pessoa. Mas a Telemig só se instalou no município em 1975. O posto do correio é bem antigo, data da década de 1930, já a Agência dos Correios se instalou na gestão do Sr. Levindo Moreira das Neves, na década de 1950.

As principais estradas que ligam o município às cidades vizinhas são de terra, bem como as estradas da zona rural; a estrada que liga à Alto Rio Doce está em processo de asfaltamento. Não existe ligação de ônibus da zona rural com a sede; Linhas rodoviárias regulares ligam a cidade a Belo Horizonte e Barbacena.

Educação

Durante um longo período de sua existência, Cipotânea contou apenas com duas escolas isoladas, convertidas em escolas reunidas, com aumento substancial do número de alunos e classes. Pouco tempo depois surgiu o Grupo Escolar.

Na década de 1950, com a posse do pároco Padre Argemiro Benigno de Carvalho, esse se preocupou com a fundação de um Ginásio na cidade. Pouco tempo depois era inaugurado em um prédio da paróquia o Ginásio São Caetano. Em 1968, o Padre Argemiro encaminha ao Deputado Edgard de Vasconcelos um pedido de transformação do Ginásio São Caetano em Ginásio Estadual, pedido esse que foi encaminhado à Assembléia Legislativa, tendo sido aprovado pelos deputados.

Ao falar de educação, não se pode deixar de mencionar o aparecimento, em anos já remotos, da Biblioteca Xopotoense, cuja criação se deve aos esforços do Professor Leandro Gomes da Silva Werneck junto de seu amigo e disseminador de livros, que foi o diplomata Napoleão Reis. Essa biblioteca hoje está sob os cuidados da Prefeitura Municipal de Cipotânea, e recebeu o nome de Biblioteca Municipal Professor Leandro Werneck.

O município possui onze escolas:

M. Padre Alfredo Alves Fernandes – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Brejaúba – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. de Rola – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. José Inácio de Carvalho – rural – fases iniciais do ensino médio
M. de Nunes – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Boa Vista – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Professor Leandro Werneck – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Cônego José Pinto Carneiro – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Padre Argemiro Benigno de Carvalho – rural – fases iniciais do ensino fundamental
M. Pituchinha – pré-escolar
E. José Dias Pedrosa – urbana – ensino fundamental e ensino médio
Manifestações culturais

O artesanato é uma atividade cultural de destaque em Cipotânea. Como grande produtora de milho, aproveita a palha para diversos produtos artesanais como bonecas, tapetes, cestas e outros artigos que são exportados para Europa e Canadá. Temos também alguns artesãos, destacando-se Geralda do Carmo Arantes, Madalena de Oliveira, Rita de Cássia, Cirlene Miranda, e Maria das Graças Teixeira.

Na música, Cipotânea possui a Corporação Musical Santa Cecília, com mais de 80 anos de história e que está sempre presente nas festividades religiosas. A Banda quase todos os anos promove um encontro de Bandas da região.

Há também o Grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário, que se apresenta durante a Festa do Rosário.

Quase todas as manifestações culturais do município estão ligadas às festas religiosas, sendo que a maior delas é o Jubileu celebrado há quase cinquenta anos no mês de agosto, em honra a São Caetano.

Uma grande festa, na área civil, é a Festa do Milho, criada na gestão do Sr. Jonathas Pedrosa em 1983, sendo realizada todos os anos na Praça Nair Bernardes Barbosa. Uma curiosidade é a roupa da rainha da festa, toda confeccionada com palha de milho.

Outras festas que ocorrem na cidade são festas juninas, festa do Rosário, mês de Maria, a coroação de Jesus, Festa de Santana, Festa de Nossa Senhora do Carmo, Festa do Sabugo, Baile dos Motoqueiros, Cavalgada, Encontro dos Jeepeiros, o Carnaval, Sete de Setembro, Réveillon, a Semana Santa e o Corpus Christi. Na zona rural acontecem as festas dos padroeiros das comunidades, como por exemplo: Bom Jesus na Paciência e Nossa Senhora da Aparecida na Boa Vista.